aterramos
- Rota em Cria
- 15 de jan. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 20 de jan. de 2021

foi na virada do ano de 2016 para 2017 que escrevi o primeiro texto dessa nossa jornada, com o título despertamos agora, 4 anos depois, na virada do ano de 2020 para 2021 escrevo: aterramos
há 4 anos atrás, tomamos a decisão de firmar o vôo enquanto condição para o chão hoje, iniciamos a jornada de firmar o chão enquanto condição para o vôo
desde o começo do Rota em Cria, foram muitos olhares, sorrisos e mãos que nos fundaram
a todas essas presenças, agradecemos
guardamos cada pedaço de terra em um sacola mágica
mágica de um sonho de pisarmos em uma terra em que pudéssemos semear tudo o que germinou dentro de nós nessa jornada pelo encanto
mas confesso que o encanto deu uma escapulida no meio do processo
depois da nossa última perna de viagem, voltamos para o Rio de Janeiro, com a decisão de estruturarmos nosso trabalho e vida financeira
"e aí veio a pandemia", essa frase digna de estandarte
e nos desestruturamos de novo, desfazendo-nos de novo, enquanto pessoas feitas do barro de Nanã, encontrando o chão e esqueleto de tudo que somos, para então reencontrarmos nossa forma e o que está vivo agora
poético né?
quando escrevo fica, mas na hora é tropeço mesmo então, na lama, lembramos
que o que vive ainda é Rota em Cria e o desejo de estar na terra
por nós, pelas nossas, pelos nossos assim, recebemos esse presente
no qual só pudemos dizer sim, porque ele já estava acontecendo por fim, há o começo: Rota em Cria é semente que vamos plantar
assim como natureza ensina: o que morre, aduba, vira alimento pro novo
assim começa o desejo e sonho de bem viver: teko porã
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